Uma pesquisa, realizada pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), revela que os pedidos de falência no Brasil registraram aumento de 26,5% no primeiro semestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior. As falências decretadas neste período subiram 11,3% em comparação aos primeiros seis meses de 2015. 

A pesquisa também aponta que os pedidos de recuperação judicial e as recuperações jurídicas deferidas registraram aumento de 113,5% e 118,8%, respectivamente, no acumulado do semestre. 

O estudo aponta que os números do crescimento das falências no primeiro semestre de 2016 são mais significativos do que os registrados na primeira metade de 2015, quando acumulavam alta de 9,2%. A fraca atividade econômica brasileira e os custos elevados foram os principais responsáveis por atingirem o caixa das empresas ao longo de 2015, culminando com um crescimento de 16,4%. Já as recuperações cresceram 51,0%.

O levantamento detalha também a distribuição das falências e recuperações judiciais, por porte de empresa, no primeiro semestre de 2016, a partir dos critérios de porte de empresa adotados pelo BNDES. Pequenas empresas representam cerca de 86% dos pedidos de falências e 92% das falências decretadas. Tanto nos pedidos de recuperação judicial como nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas empresas também correspondem ao maior percentual: 93% e 92% respectivamente.

O setor de serviços foi o que apresentou mais casos nos pedidos de falência (40%), seguido do setor industrial (34%) e do comércio (26%). 

Os dados apontam uma dualidade: Ao mesmo tempo em que significam mais demandas para escritórios de advocacia, demonstram a fragilidade da economia brasileira.

Com informações do site Consultor Jurídico